Já faz algum tempo que não publico nada relevante. Pois é, tempo de dar mais atenção para as minhas pequenas princesas, bebê recém nascida, muito estudo, dedicação a projetos pessoais, enfim…

Neste post, me desapego um pouco do contexto corporativo, do mundo Lean Agile, e falo mais de comportamento. Um em específico que é muito estudado e explorado em processos de coaching tradicionais.

Hoje me peguei em uma reflexão sobre a dificuldade que algumas pessoas tem em realizar, lembrei-me inclusive de um artigo que publiquei já há algum tempo atrás, falando de procrastinação, mas desta vez, a intenção é ir mais na “ferida” mesmo. Talvez soe como uma provocação para alguns, mas se te fizer tirar a bunda da cadeira para agir, me dou por satisfeito! 🙂

“A imaginação pode ser tolhida por um fator que atua como um verdadeiro sabotador da realização e do bem estar”.

Estou falando aqui, das famosas “crenças limitantes”. É possível que você tenha algumas, a propósito, bem provável, todos temos em algum momento. Você tem crenças limitantes a partir do momento que se pensar coisas do tipo:

– Eu não sou capaz…

– Eu não vou conseguir…

– Todos estão contra mim…

– Isso nunca vai dar certo..

Claro que não se limita a estes exemplos, mas basta dizer que estes e outros exemplos de crenças limitantes dificultam ou até bloqueiam o processo de alcançarmos nossos objetivos, afeta diretamente nossa motivação intrínseca.

Crenças limitantes são conclusões que definem nossos limites pessoais sobre o que é possível ser, ter e fazer. Henry Ford, o inventor e empreendedor que popularizou o automóvel, tinha uma frase muito interessante a esse respeito:

“Se você acredita que pode ou acredita que não pode, em ambos os casos você está certo”.

Quando falamos em acreditar, não estamos nos referindo ao pensamento mágico nem a autoajuda. Estamos falando em não se sabotar, em não trabalhar contra você mesmo. Crenças limitantes são uma forma de autossabotagem porque elas podem acabar funcionando como profecias autorrealizáveis.

Você sabe o que é isso?

O conceito foi desenvolvido pelo economista Robert Merton, quando ele estudava o fenômeno no qual correm rumores de que um banco vai quebrar e as pessoas acreditam nisso. Todos correm para sacar o dinheiro, e advinha? O banco acaba quebrando mesmo, porque os correntistas zeraram suas contas!

Uma professia autorrealizável é uma definição de uma situação que no início é falsa, mas contudo, dá origem a um novo comportamento que faz com que a definição falsa se torne verdadeira! Assim, os erros acabam se perpetuando, pois as pessoas acabam citando o atual curso dos acontecimentos para provarem que sempre tiveram razão.

Um outro exemplo para ilustrar melhor:

Imagine uma pessoa que quer ser promovida, mas acredita que não tem chances. Ela pensa coisas como: “Ninguém valoriza meu trabalho…”, “Só os protegidos vão ser favorecidos…”, “Sempre foi assim…”, etc.

Agora imagine que essa pessoa esteja partindo de um conceito falso. Ao contrário do que ela acredita, a empresa não está favorecendo protegidos, mas avaliando a performance para decidir quem está mais apto a promoção. E, como ela está partindo deste conceito falso, isso estimula um novo comportamento: ela acha que não vale a pena se esforçar e o seu desempenho começa a decair.

Vamos advinhar o que acontece na sequência? Essa pessoa não será promovida, e ainda vai pensar: “Eu sabia…”, “Ninguém valoriza o meu trabalho…”, enfim, vai achar que está certa porque estava errada…rs.

O erro se perpetua, gerando novos erros e consequentemente novos fracassos. Conceitos sobre a construção das crenças limitantes são geralmente associados a terpia comportamental racional emotiva. O pressuposto é de que grande parte dos eventos são neutros, o que nos perturba são as crenças com as quais nós interpretamos aquilo que nos acontece, simples assim! Quando vemos as adversidades como sendo impessoais, temporárias e localizadas, nosso estilo é otimista, o que nos coloca em uma posição de controle. Na contramão disso, manter crenças limitantes, nos coloca no papel de vítimas. Neste papel, o ímpeto para mudar, crescer e realizar é muito menor.

Crenças limitantes geralmente incluem palavras do tipo: deve, deveria, preciso, sempre, nunca, todo mundo, ninguém…

Além das expressões abertamente autodepreciativas: não posso, não consigo, não sou capaz, sou preguiçoso, etc.

Essas crenças podem dar origem a idéias fixas, conceitos cristalizados que foram desassociados de seu contexto, e que passaram a ser usados de forma generalizada, sem maiores considerações. Uma idéia fixa é um pensamento que é tido como “verdade perpétua”, mas que nunca é revisado ou colocado em xeque. Estas idéias, especialmente as que dizem respeito a supostos aspéctos negativos que você atribui a si mesmo alimentam e são alimentadas por seu crítico interno e isso refere-se a uma subpersonalidade, uma parte de nossa psiquê, que age como juiz e carrasco de nós mesmos. É aquela voz interior que está sempre a ressaltar nossas fraquezas e limitações, reais ou imaginárias, a ponto de inibir a motivação e o principal: a ação! As pessoas podem ser muito cruéis consigo mesmas, não é mesmo?

E você? Já se fraglou nessa situação? O que faz para evitar este tipo de comportamento? Comenta aqui! 🙂

BAIXE NOSSO E-BOOK GRATUÍTO!

BAIXE NOSSO E-BOOK GRATUÍTO!

Não enviamos spam. Seu e-mail está 100% seguro!

Sobre o Autor

Ricardo Arruda
Ricardo Arruda

Meu propósito é explorar e desenvolver o potencial humano, provendo e facilitando um ambiente colaborativo com muitas oportunidades de aprendizado. Aqui você encontra conteúdo de qualidade sobre Coaching e Agilidade!

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


  1. May I simply say what a relief to uncover somebody that really understands what theyre discussing over the internet. You certainly know how to bring a problem to light and make it important. More and more people really need to check this out and understand this side of the story. I was surprised that youre not more popular because you certainly have the gift.